O RIO BRANCO é um curso de água do estado de Roraima.
É formado pela confluência dos rios Tacutu e Uraricoera, trinta quilômetros a norte de Boa Vista, capital do estado, e tem sua foz na margem esquerda do Rio Negro, no estado do Amazonas.
Sua bacia hidrográfica, sub-bacia do Rio Negro, é a principal da região, predominando sobre a mesma.
É cortado por duas pontes, uma em Boa Vista (ligando-a ao município de Cantá), a Ponte dos Macuxis, a norte, com cerca de 1.200 metros de extensão, e por outra em Caracaraí, no centro do estado, com aproximadamente 700 metros de extensão.
O Rio Branco, de maneira generalizada, está sob influência de um período de chuvas que vai de abril a setembro e de um período seco que vai de outubro a março.
No período chuvoso, o rio é facilmente navegável do rio Negro até a cidade de Caracaraí. Acima desta cidade a navegação é dificultada pela presença de algumas cachoeiras e corredeiras, sendo que de Boa Vista (cerca de 130 km de Caracaraí) até a junção dos rios Tacutu e Uraricoera é possível a navegação durante o período das cheias.
Segmentos: O rio Branco tem seu curso dividido em três segmentos devido o tipo de vegetação de cada trecho:
1) Alto Rio Branco: é o segundo maior segmento, com 172 quilômetros. Começa na confluência dos rios Uraricoeira e Tacutu, passa por Boa Vista, e termina na Cachoeira do Bem-Querer. Caracteriza-se por apresenta-se bastante largo nesta região, porém, pouco profundo, especialmente no período seco, época em que se evidencia um grande
número de bancos ou ilhas de areia; na cobertura vegetal predomina a presença de savana e alguns trechos com palmeiras.
2) Médio Rio Branco: é o menor segmento, com 24 quilômetros. Começa na cachoeira do Bem-Querer e vai até o povoado de Vista Alegre. É uma área de transição, com várias corredeiras, o que o torna inavegável por embarcações de grande porte. A vegetação também representa transição, pois é uma mistura das vegetações existentes no norte e
no sul do estado, com domínio das savanas, igarapé, buritizais e floresta Amazônica.
3) Baixo Rio Branco: é o maior segmento, tem 388 quilômetros. Parte de Vista Alegre e corta todo o centro-sul de Roraima até encontrar-se com o rio Negro. Este, por sua vez, após passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e a partir dessa união este último passa a chamar-se rio Amazonas, o mais volumoso e extenso do mundo. O Baixo rio Branco possui um ecossistema de floresta tropical rica em biodiversidade, com sua vegetação densa e abundante, com exuberante fauna e flora. Na calha e lagos marginal vivem algumas das mais atraentes espécies de peixes para a pesca esportiva como o tucunaré.
O rio Cotingo é um curso de água situado no norte do estado de Roraima. Nasce no monte Roraima, atravessa o município de Uiramutã e tem sua foz no rio Surumu, município de Pacaraima, afluente do rio Tacutu, um dos formadores do rio Branco junto com o rio Uraricoera.
O rio Uraricoera é o mais extenso rio brasileiro do estado de Roraima, com cerca de 870 quilômetros. A sua confluência com o rio Tacutu forma o rio Branco, principal rio do estado.
URARICOERA, deriva de dialetos indígenas locais, onde urari representa um veneno de efeito paralisante usado por certas tribos e coera significa velho. Com efeito, “rio do Veneno Velho“.
Curso do Rio – Extremamente encachoeirado, o Uraricoera tem sua nascente na Serra de Pacaraima, divisor de águas entre as bacias hidrográficas Amazônica e do Orinoco.
Esta região faz parte da reserva indígena Yanomami. Em seu médio curso divide-se em braços originando a enorme ilha de Maracá, onde foi instalada uma estação ecológica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Pouco após, o rio é cruzado pela Ponte Sebastião Diniz, na BR-174. Aimberê Freitas ressalta que “alguns técnicos defendem a ideia de que o Uraricoera é, na verdade, [um prolongamento do] o rio Branco com outro nome“. Aceitando-se esta proposta, o sistema Uraricoera – Branco totalizaria 1 430 quilômetros de extensão.
O rio Mucajaí é um rio brasileiro do estado de Roraima, afluente do rio Branco, cobrindo uma bacia hidrográfica de 21.602 km². Empresta seu nome ao município homônimo, cuja sede situa-se às margens do rio. Seu maior afluente é o rio Apiaú.
O rio Anauá é um afluente da margem esquerda do rio Branco, no estado brasileiro de Roraima. Próximo à sua foz delimita-se o Parque Nacional do Viruá, criado em 1997. Seu curso dá-se no município de Caracaraí.
O rio Ajarani é um rio brasileiro ao centro do estado de Roraima. Seu curso dá-se no município de Iracema e Caracaraí, tendo como foz o rio Branco.
O rio Itapará é um rio brasileiro do estado de Roraima, cortando o município de Rorainópolis. Sua foz dá-se no baixo rio Branco, próximo a localidade de Santa Maria do Boiaçu.
O rio Xeruini é um rio brasileiro ao sul do estado de Roraima. Todo o seu curso dá-se no município de Caracaraí, tendo como foz o rio Branco. É um rio altamente piscoso e de águas barrentas.
O rio Jauaperi é um grande curso de água ao sul do estado de Roraima. Seu curso dá-se nos municípios de Caroebe, São João da Baliza, São Luís e Rorainópolis tendo como foz o rio Negro.
A BR-174, também conhecida por Manaus – Boa Vista, é uma rodovia longitudinal que interliga os estados brasileiros de Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Roraima à Venezuela.
Planejada originalmente para facilitar a ligação da Fronteira Brasil–Venezuela com o restante do Brasil, estava previsto, no antigo Plano Nacional de Rodovias, que a BR-174 se estenderia por 3.319,90 quilômetros.
Contudo, até hoje vários trechos da rodovia sequer existem e os que chegaram a ser abertos estão sem pavimentação até os dias atuais ou correm concomitante com outras estradas federais e estaduais.
Considerando apenas os trechos existentes oficialmente, a rodovia possui 1902 quilômetros. É a única ligação de Roraima com o resto do país, sendo sua maior e principal rodovia.
Embora iniciada no governo militar, a conclusão de seu asfaltamento e sinalização no trecho norte deu-se somente em 1998.
BR-174 cruzando a floresta amazônica na região de Presidente Figueiredo, no Amazonas. Em seus quase dois mil quilômetros cruza regiões de floresta amazônica e cerrado, além de grandes campos agrícolas.
A BR-174 inicia-se no Mato Grosso no entroncamento com a BR-070, próximo da cidade de Cáceres.
Dali a rodovia passa por Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, Comodoro até Vilhena, já em Rondônia. O trecho Comodoro/Vilhena é concomitante com a BR-364.
De Vilhena a rodovia segue de volta para o Mato Grosso até a cidade de Juína e de lá segue-se perdida entre várias rodovias como a MT-170, MT-208, MT-416, passando pelas cidades de Castanheira, Juruena até “ressurgir” em Colniza, de lá ela segue por mais 148 quilômetros interposta com a MT-206 até desaparecer novamente no distrito colnizense de Guariba. No projeto original, a rodovia deveria seguir rumando ao norte a partir da MT-206 até
se cruzar com a Rodovia Transamazônica, já no estado do Amazonas, todavia esse trecho jamais saiu do papel.
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