O Fórum Econômico Mundial (WEF) 2025, realizado no período de 20 a 24 de janeiro, na bucólica cidade de Davos, Suíça, sob o tema “Colaboração para a Era Inteligente”, é tradicionalmente um dos maiores palcos de discussão sobre economia global, tecnologia, sustentabilidade e política internacional. A conferência tem se notabilizado pela grande afluência de participantes que incluem, todos os anos, chefes de estado e de governo, CEOs de empresas, representantes da sociedade civil, meios de comunicação de todo o mundo e líderes juvenis procedentes da África, Ásia, Europa, Oriente Médio, América Latina e América do Norte.
Klaus Schwab, fundador e CEO do Fórum, autor do livro “A Quarta Revolução Industrial”, de 2016, propõe que tecnologias convergentes estão rapidamente remodelando o mundo, levando-nos a um ponto de inflexão que pode resultar numa revolução social com o poder de elevar ou fragmentar a humanidade. Com efeito, face a avanços da Inteligência Artificial, da Computação Cognitiva e de outras inovações tecnológicas, “automatizar é o caminho natural para aumentar a competitividade e a produtividade do setor”. Em relação ao Brasil, estudos técnicos reconhecem o “pouco interesse” com que o setor público trata a inovação, o que ficou demonstrado pela baixa participação brasileira em Davos 2025.
Falando por videoconferência no WEF, na quinta-feira, 23, o presidente Donald Trump, que assumiu seu segundo mandato na Casa Branca segunda-feira, 20, exigiu “maiores despesas militares, prometendo proteger a indústria dos EUA com tarifas e sugerindo que a redução dos preços do petróleo poderia acabar com a guerra na Ucrânia”. O discurso apontou novo impulso para a sua agenda “América em primeiro lugar”, o que poderá afetar ainda mais as relações com líderes mundiais. Em discurso durante o Fórum, o presidente da Argentina, Javier Milei, aliado de Trump, confirmou seus reiterados posicionamentos de que vai trabalhar por acordos da Argentina, não do Mercosul. “Farei o que for melhor para a Argentina”, disse Milei após discursar como estrela no palco do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, quando confirmou a necessidade de “abrir no âmbito do Mercosul a possibilidade de negociações independentes”.
Durante a COP29, a conferência da ONU realizada em Baku, Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro de 2024, a delegação brasileira estava composta por 1.914 membros, número só inferior aos 2.229 integrantes da comitiva do próprio Azerbaijão, que sediou o evento. Para Davos 2025, contudo, o Brasil trouxe representação apenas protocolar. Analistas entendem que a ausência de uma delegação mais robusta certamente será interpretada como uma oportunidade perdida de alinhar as agendas de Davos e da COP30 a ser realizada em novembro deste ano, em Belém, PA. Sinal claro, segundo a diplomacia ocidental, de manifesto alinhamento do governo Lula da Silva a ditaduras e o mundo comunista, na contramão das tradicionais convicções do mundo político e empresarial brasileiro em relação à comunidade democrática internacional.
Sustentabilidade e ação climática, tópicos centrais no Fórum, estranhamente não contou com a presença do Ministério do Meio Ambiente (MMA), áreas ministeriais afins e ONGs que lhes dão sustentação no governo. A impressão geral em Davos 2025 é que o presidente Lula da Silva aparentemente ignorou o evento. Entretanto, como ponto positivo, a edição deste ano marcou a inauguração da “Brazil House” com a participação de grandes empresas e investidores, incluindo gigantescos grupos do porte da Vale, Gerdau, Ambipar, Be8, JHSF, BTG Pactual e Randcorp. Num evidente distanciamento entre os setores público e privado no que tange a questões de tamanha relevância.
O governador do Pará, Helder Barbalho, durante sua participação no Fórum, defendeu que o legado da COP30 será fundamental para a valorização da floresta, a bioeconomia e o clima. A Amazônia “trabalha para que o Brasil possa ter a capacidade de exercer o seu papel de liderança ambiental no planeta, efetivamente, pelas suas condições ambientais, por ter em seu território diversos biomas, destacando-se, particularmente, o amazônico,que faz do Brasil uma referência para a agenda climática”, afirmou.
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