Presidente Joe Biden em visita ao Amazonas anunciou US$ 50 milhões para a Amazônia

O presidente norte-americano, Joe Biden, fez um sobrevoo pela floresta, neste domingo (17) e desembarcou em Manaus no aeroporto internacional Eduardo Gomes, onde foi recebido pelo Governador do Estado, Wilson Lima.  Em sua visita ao Museu da Amazônia (MUSA) foi recebido pelo diretor-geral do museu, Filippo Stampanoni, e fez um tour guiado pelo diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Henrique dos Santos Pereira.

Durante a visita, o presidente dos EUA  teve encontro com cientistas e lideranças indígenas da Amazônia brasileira. Na coletiva, Biden anunciou US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia. O presidente norte-americano também lembrou que logo deixará a presidência dos EUA, mas que espera que o trabalho pela preservação do meio ambiente continue.

“Estou saindo da presidência em janeiro e vou deixar ao meu sucessor uma base muito forte, se eles decidirem seguir esse caminho”,  declarou Biden.

Presidente dos Estados Unidos em visita ao Museu da Amazônia (Foto: Saul Loeb / AFP)

Ao terminar a fala sobre a importância da preservação da Amazônia, Biden se retirou e adentrou na floresta, e percorreu uma trilha em um trecho de vegetação nativa.  Ele também visitou a tradicional árvore Sumauma e o lago das vitórias-régias. Esta é a primeira vez que um presidente norte-americano em exercício visita o Amazonas.

O Musa ocupa 100 hectares (1 km²) de floresta amazônica nativa da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). É um oásis verde em meio à paisagem urbana da capital. Possui viveiros de orquídeas e bromélias, aráceas, palmeiras, samambaias, serpentes, aranhas e escorpiões, borboletas, cigarras, cogumelos e fungos. Também há um jardim sensorial, aquários e  um lago com vitória-amazônica.

Lago das vitórias-Régias no Museu da Amazônia (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

A ideia da criação do espaço surgiu em 2007, durante reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Belém, com o tema “Amazônia: desafio nacional”. Ennio Candotti, então presidente da SBPC, sugeriu a criação de um museu na floresta com o objetivo de desenvolver uma área na qual as coleções e os objetos expostos seriam os próprios insetos, árvores e fungos vivos da floresta. Candotti foi convidado a criar e a dirigir o museu que inaugurou em 2009.

Um dos principais destaques do Musa é uma torre de 42 metros, que permite uma visão deslumbrante das árvores da floresta. O espaço não é apenas um refúgio natural, mas também um centro de pesquisa que, junto a parceiros locais, elaboram trabalhos voltados ao desenvolvimento e biodiversidade amazônica além da educação ambiental.

O Musa ficou fechado no final de semana, conforme anunciado em suas redes sociais para que a programação da comitiva americana fizesse todo o trabalho de segurança que é de praxe para a visita da maior autoridade dos EUA.