Com a morte do economista Edison Farias, Amazonas perde um de seus mais proeminentes talentos técnicos

A despeito de sua humildade inata, Edison, leitor voraz, era versado em filosofia, história da Arte, literatura, religião, como também em micro e macro Economia, Contabilidade, Análise de Balanços, Estatística, economia amazônica e brasileira.

Era um pesquisador de muito talento, deploravelmente não aproveitado em sua integridade pela universidade. De sólida formação técnica e moral, na verdade nasceu para exercer sua carreira num laboratório, claro, se tivesse vindo ao mundo em S. Paulo ou nos Estados Unidos.

Edison Farias junto com Ronaldo Bonfim (que também já nos deixou) e Jorge Miwa criaram o mais importante escritório de Consultoria da Amazônia no início dos anos 1970, onde estagiei como estudante e depois trabalhei como economista.

A SOCIL foi responsável pela elaboração e implantação de diversas plantas industriais pioneiras da Zona Franca de Manaus e por importantes estudos econômicos setoriais elaborados para governos estaduais da região.

Com toda justiça, Edison Farias integrou uma geração de talentos moldados na UA de então e em nossa CODEAMA, uma plêiade que, lamentavelmente, se foi sem reposição.

Meus sentimentos pela perda aos irmãos Elson, Socorro e Ana, ao filho Marlon e à família de Edison Farias. Que Deus o receba e o mantenha no lugar dos justos.

Manaus, 18 de outubro de 2023.

1. Na primeira foto, em anexo, Edison Farias é o terceiro da direita para a esquerda depois de Raimar Aguiar e Ronaldo Bonfim, seguindo-se a Francisco Batista, José Maria Pinto, Osiris Silva e Wilson Cruz, numa reunião com Rui Lins, então superintendente da Suframa, anos 1980. Foi obtida pelo amigo Mário Lúcio Covas, presidente da ASEA – Associação dos Ex-Alunos do Colégio Estadual do Amazonas (CEA), hoje Dom Pedro II.