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Palácio Rio Negro em Manaus

Por Paulo Almeida Filho

15 de agosto de 2023 às 17:11 Compartilhe

 

O Centro Cultural Palácio Rio Negro (CCPRN) foi construído em 1903, no estilo eclético para ser residência particular de um abastado comerciante da borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. É um dos prédios mais emblemáticos desse período, que marcou a economia do Estado.

O local funcionou como sede do Governo e, em 3 de outubro de 1980, foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Amazonas.

Ao longo dos anos, foi reformado, restaurado, adaptado, e em virtude de sua beleza arquitetônica e relevância histórica, foi transformado em Centro Cultural.

O Palácio Rio Negro conta com salões para recitais, exposições, lançamento de livros e diversas atividades culturais. O espaço mantém, ainda, um gabinete de despachos para o governador e a agenda aberta para atos oficiais, quando necessário.

Palácio Rio Negro é a sede do governo e residência oficial do governador.

Seu nome original era Palacete Scholz, construído pelo alemão Waldemar Scholz, considerado o “Barão da Borracha“.

Teve o nome alterado para Palácio Rio Negro em 1918 após autorizada a compra pelo governador do Amazonas, Pedro de Alcântara Bacellar.

História – Construído no início do século XX, em estilo eclético, pelo arquiteto italiano Antonio Jannuzzi (1855-1949), para ser residência particular do comerciante da borracha, o alemão Waldemar Scholz, que devido à queda do preço da borracha a partir de 1912 e depois à primeira guerra mundial teve que o hipotecar ao coronel Luiz da Silva Gomes, por 400 contos de réis, este seringalista e comerciante, numa primeira fase arrendou o Palácio para residência do governador.

E mais tarde, foi adquirido pelo governo em 1917, (compra autorizada pela lei nº892 de 28 julho 1917) , para torna-se sede do Poder Executivo e residência do governador, permanente como palácio de despachos até abril de 1995.

Em 1997, o Governo do Estado, em virtude de sua beleza arquitetônica e valor histórico, transformou-o em Centro Cultural Palácio Rio Negro, com espaços abertos a recitais de música erudita e instrumental, exposições, lançamentos de livros, dança e teatro, além de outras atividades.

Centro Cultural Palácio Rio Negro – Contando com a consultoria especializada de técnicos do Centro Cultural Banco do Brasil (CBBB), a Secretaria de Cultura traçou o novo formato do Palácio Rio Negro, climatizado e adequado a todo tipo de exposição.

A partir de novembro 2000, o Palácio passou a servir de polo para outros espaços culturais, agregando ao seu redor o Museu-Biblioteca da Imagem e do Som do Amazonas/ MISM, o Museu de Numismática Bernardo Ramos, a Pinacoteca do Estado, o Cine – Teatro Guarany e o Espaço de Referência Cultural do Amazonas/ ERCAM, todos funcionando com regularidade e de forma integrada.


Exposições – Entre as várias exposições que aconteceram no CCPRN destacam-se:

 


Não bastava ser rico, era preciso ostentar.

Assim era a vida dos “barões da borracha”, como se tornaram conhecidos os comerciantes que enriqueceram com a exploração do látex entre o final do século XIX e início do século XX em Manaus. Era o boom da borracha, quando a exploração do produto alcançou níveis espetaculares para a economia do Estado, sobretudo para os donos dos seringais e comerciantes.

Um dos comerciantes mais ricos foi o alemão Waldemar Scholz, dono da mais luxuosa residência que havia em Manaus naquele período.

Conhecido como “Palacete de Scholz”, a casa fabulosa foi construída na avenida Sete de Setembro, onde hoje é o Centro de Manaus, em um terreno de mais de 4.700 metros quadrados.

Com a queda do preço da borracha a partir de 1912 e depois com a 1ª Guerra Mundial, Scholz se viu obrigado a hipotecar e vender o imóvel para o coronel Luiz da Silva Gomes, que era seringalista e comerciante, em 1911.

Era o fim da vida ostentosa do alemão, que voltou para sua cidade natal, Hamburgo, onde faleceu, sem retornar mais a Manaus.

Depois o prédio foi alugado e, em 1917, vendido para o Estado, na gestão do governador Pedro de Alcântara Bacellar, por 200 contos de réis, valor considerado muito alto para um Estado em crise financeira. O imóvel se transformou na residência e na sede do poder executivo estadual até 1995.

Reformada e revitalizada, a residência, localizada na avenida Sete de Setembro, foi transformada no Centro Cultural Palácio Rio Negro, em 1997, que fica aberto à visitação gratuita.

Assim como muitos prédios do período da “belle époque”, a casa de Waldemar Scholz seguia os ditames da moda arquitetônica da época. O original do imóvel foi mantido e revitalizado. Hoje, o centro é um espaço de exposições permanentes, que incluem bustos de autoridades públicas, quadros de artistas famosos, como Moacir Andrade e Branco e Silva, e fotografias penduradas no salão nobre de todos os governadores do Amazonas.

A programação inclui também atividades pontuais, com exposições temporárias, recitais de música erudita, lançamentos de obras literárias, conforme o cronograma do espaço.

O prédio foi construído entre 1900 e 1903, com 16 cômodos.

Detalhe da fachada, com as duas esculturas em ferro importadas da França.

 

          A escadaria suspensa em madeira de lei.

Detalhe das estátuas que representam a música e a poesia.

 

Quadro “Imortalidade”, um óleo sobre tela de Branco e Silva, em comemoração aos 50 anos do Teatro Amazonas.

Sala de espera ou descanso.

O piso é todo feito em acapu e pau-amarelo, madeiras da Amazônia.

Estátua representando a meditação.

Exposição de pinturas em uma das salas do palacete.

 

Adentrar e visitar cada sala do Centro Cultural Palácio Rio Negro é mergulhar em uma das histórias mais fascinantes do Amazonas e, sobretudo, de Manaus. O espaço guarda quadros, mobílias antigas, incluindo três relógios suíços, poltronas, estantes. A maioria dos móveis é original. Um dos destaques é uma mesa de jacarandá de estilo inglês. Cadeirinhas de palha-de- índia também fazem parte do mobiliário. Há também uma sala de leitura, onde o visitante pode descansar.

O espaço possui dois andares e a visitação por ser guiada ou não. Na frente do prédio, em meio ao jardim, há uma estátua em bronze representado a Medusa, com serpentes entrelaçadas no cabelo e braço. Uma escadaria com duas entradas, com esculturas em ferro trazidas da França de um índio e uma índia com luminárias nas mãos, levam ao interior do prédio.

Ao entrar no espaço, o visitante se depara com um bela escada suspensa em madeira de lei, guardada por duas esculturas.

O acesso ao terceiro andar, onde existe um farol, está bloqueado devido à fragilidade de uma escadaria que, no entanto, permanece visível ao visitante.

Tombado como patrimônio histórico do Estado em 1980, o Palácio Rio Negro é integrado ao Parque Jefferson Péres, outra atração da cidade.

Varanda frontal do prédio.

Belo mobiliário em exposição.

São várias salas com móveis de época.

As famosas cadeiras de palhinhas.

 

Sala oficial do governador.

Painel com fotos de todos os governadores do Amazonas.

O canto dos pássaros nas árvores cria um ambiente acolhedor e relaxante na parte de trás do palacete.

Jardim que faz a ligação com o Parque Jefferson Péres.

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